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22.02.2013

CfP: Guerra e memória nas literaturas africanas / Krieg und Gedächtnis in den lusophonen afrikanischen Literaturen

  • Ort: Hamburg
  • Beginn: 11.09.13
  • Ende: 14.09.13
  • Disziplinen: Literaturwissenschaft
  • Sprachen: Portugiesisch
  • Frist: 01.04.13

A secção pretende analisar um problema muito concreto que as literaturas africanas de expressão portuguesa têm trabalhado em uma grande quantidade de obras: o desastre da guerra. Que entre elas estejam textos supremos do mais alto nível prova (uma vez mais) que a guerra constitui uma preocupação primordial para a literatura. A razão disto talvez se encontre em que nem as palavras se salvam em tais situações limite e que portanto cabe à arte de encontrar respostas. Enfim, a secção propõe-se a discutir os diferentes modos de como as ditas literaturas trazem os horrores da guerra à memória. Trata-se de discutir as diversas propostas literárias para testemunhar a devastação bélica. As guerras do século XX estão no centro do debate, mas, forçosamente, a literatura contemporânea também se debruça sobre os fantasmas do passado. O que está em questão são as modalidades da memória da guerra nos textos africanos. Em função de quê se lembram os horrores da extrema violência? Como memorar algo que aniquila até o conceito – guerra – pelo qual costumava ser identificado já que, como diz uma personagem de Terra sonâmbula de Mia Couto: “Nem isto guerra nenhuma não é. Isto é alguma coisa que ainda não tem nome”? O mesmo sentido de devastação se encontra em outras obras, como por exemplo em Os sobreviventes da noite de Ungulani Ba Ka Khosa. Parece que somente a literatura pode dar conta de uma guerra-fantasma. Que estratégias adota a literatura para fazer frente a este assalto ao entendimento e à imaginação? A memória certamente combate o segundo desvanecimento das vítimas no esquecimento da história. Más é necessário emprestar a voz também aos perpetradores da violência? É preciso entendê-los? É possível? A guerra, e principalmente a guerra civil, no entanto, revela-se como aquele desastre em que a distinção clara entre vítima e perpetrador nem sempre é possível. Um outro tema é a própria violência: em que medida a violência transgride o limite do discurso e se apodera da estética? Finalmente, a questão da história. Que perspectivas de paz e de futuro permitem – e possibilitam – os textos?

 

Pede-se o envio de propostas e resumos de comunicações até o dia 01 de abril de 2013.

 

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Die Sektion setzt sich zum Ziel, ein sehr konkretes Thema zu untersuchen, das die afrikanischen Literaturen portugiesischer Sprache in einer großen Anzahl von Werken behandeln: das Desaster des Krieges. Dass unter ihnen herausragende Texte höchsten Niveaus sind, zeigt (einmal mehr), dass der Krieg ein vorrangiges Problem für die Literatur darstellt. Der Grund hierfür mag vielleicht darin gefunden werden, dass nicht einmal die Worte sich in diesen Grenzsituationen zu retten vermögen, und dass es somit nur der Kunst obliegen kann, Antworten zu finden. Es geht in der Sektion folglich darum, verschiedene Modi zu diskutieren, wie die besagten Literaturen die Schrecken des Krieges in Erinnerung rufen. Es gilt, mit anderen Worten, die literarischen Ansätze herauszuarbeiten, die kriegerische Verwüstung zu bezeugen. Die Kriege des 20. Jh. stehen hierbei im Mittelpunkt, jedoch zeigt sich, dass sich die Gegenwartsliteratur auch den Phantasmen der Vergangenheit zuwendet. Die Ausgangsfrage ist, was das Gedächtnis an den Krieg in den afrikanischen Texten eigentlich leistet und worauf es ausgerichtet ist. Wozu dient die Erinnerung an die Schrecken der extremen Gewalt? Wie kann erinnert werden, was selbst den Begriff – Krieg – zerstört, wie eine Figur aus Terra sonâmbula deutlich macht: „Das ist gar kein Krieg. Das ist irgendwas, was noch keinen Namen hat.“ Dass die Verwüstung bis in die Sprache recht – oder zuvörderst hier ansetzt, zeigt eine Vielzahl von Texten, so auch z.B. Os sobreviventes da noite von Ungulani Ba Ka Khosa. Es scheint, als könne nur die Literatur mit einem Gespenster-Krieg fertig werden. Mit welchen Strategien begegnet die Literatur dem Angriff auf das Verstehen und die Einbildungskraft? Zentrales Anliegen des Gedächtnis ist zweifellos, dem zweiten Verschwinden der Opfer in der Vergessenheit der Geschichte entgegenzuwirken. Aber soll auch den Tätern die Stimme geliehen werden? Ist es notwendig, sie zu verstehen? Ist es möglich? Es zeigt sich jedoch, dass im Krieg und insbesondere im Bürgerkrieg der klare Gegensatz Opfer – Täter oftmals nur schwer aufrecht zu erhalten ist. Ein weiteres Thema ist die literarische Gestaltung der Gewalt. In welchem Maß überschreitet die Gewalt die Grenze des Diskurses und bemächtigt sich der Ästhetik? Und schließlich die Frage nach der Geschichte. Welche Perspektiven für Frieden und Zukunft erlauben – ermöglichen – die Texte?

 

Anmeldung mit Abstract bitte bis zum 01.04.2013

 

Organizador / Sektionsleiter:

Joachim Michael (Universität Hamburg): Joachim.Michael@uni-hamburg.de

Von:  Joachim Michael

Publiziert von: RZ